quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
o ano novo solteiresco
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
das admiráveis mães solteiras
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
das cantadas mau sucedidas
São tantas bizarrices que os filhos de Adão atiram julgando ser nossos ouvidos verdadeiros pinicos da vovó, que estou montando um glossário, digno de diário de campo de uma antropóloga que pretende fazer uma observação participante para análise etnográfica. Começo hoje um ensaio das três piores que escutei nos últimos tempos.
Cantada Djavan - Aquela que o cara pensa que está impressionando mas na verdade é um grande mico.
De madrugada eu já pagava a conta quando escutei:
- Solteira?
- Sim, mas fechada pra balanço.
- Eu posso ser o peso da sua balança!
Consideração 1 : de onde ele tirou que eu havia falado balança e não balanço?
Consideração 2: Presunçoso não?
Cantada Papagaio de Pirata - Aquela que pega carona numa determinada situação. Essa acontece bastante com mocinhas fumantes e sempre tem o álibi: me empresta teu isqueiro?
Foi assim que aconteceu numa noite em que eu e mais duas amigas bebíamos e fumávamos, não necessariamente nessa mesma ordem, com fortes intercaladas de boas risadas. Entre uma e outra baforada, o carinha disparou:
- Eu já pedi tanto o teu isqueiro que é melhor eu sentar aqui.
- De jeito nenhum querido.
- Jura por Deus?
- Juro por Deus, Maomé e Jeová.
Consideração Única: Ele mereceu o fora que levou.
Eu estava dançando sozinha, quando me aparece aquele metro e me diz:
- Você merece alguém bonito como eu.
- ?????
Consideração Única: Fingi que não era comigo.
Dá pra tu? Aconteceu, virou manchete.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Aconteceu, virou manchete: homo sapiens prato de papa
Tem se tornado muito comum entre mulheres emancipadas sexualmente, empoderadas na cama e desencanadas com relações fortuitas, atrairem uma nova edição de machos alphas no mercado solteirístico, elas se deparam com o homo sapiens prato de papa, aquela mesmo, de banana com farinha láctea. Não foi diferente com Elaine. É minhas imagem semelhantes, ela nos conta que uma espécie desta linhagem apareceu à sua porta nos últimos tempos. Bonitinho todo o rapaz, cheio de palavriado enfeitado, um monte de lorota pra contar, como se ela esperasse por isso, mas na hora H, adivinhem? o cara fugiu! Como assim Bial? ESCAFEDEU-SE. E nem deixou um recadinho de até logo? 'Má rapá'. Ei, tu é um homem ou um prato de papa?
Mulheres como Elaine metem medo na espécie masculina que esconde a frouxidão por trás do que possa parecer machismo. O descolamento da amiga Elaine é tamanho que ela nem pede pro carinha ir buscá-la, deixar em casa ou qualquer coisa que valha, ela mesma o faz e ainda deixa o rapaz em casa se preciso for, algo do tipo, sexo à delivery. Ela é definitivamente o retrato da emancipação feminina. Estado civil? Casada, com trabalho dela. Não espera dos homens nada além do que a satisfaz. Ela já é tarimbada e calejada no quesito ilusão, por isso, decidiu viver bem com seu trabalho e com ela mesma. Simples assim. E ela é feliz viu?
O rapaz não aguentou tanta pós modernidade e correu. Não ficou nem pra escutar da bocarra daquela morena-galega que ela não morde em condições desfavoráveis. Que pena. A nega ficou sozinha chupando o drops do descontentamento. Até o próximo, porque a fila dela é grande e é de um dinamismo incrível. O troféu abacaxi foi pra quem meu caro Chacrinha? Atenção, atenção pessoal, o troféu abacaxi foi para o banana do prato de papa, que também atenede pelo regional nome de 'tabacudo' ou 'donzelo', porque, como dizia Chacrinha, quem não se comunica, se trumbica. Pééé.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
da emancipação sexual feminina e suas vicissitudes
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Aconteceu, virou manchete: Homo sapiens fujões.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
a outra face da 'outra' ou da espécie homo sapiens loroteiros
Conselho? Marque carreira e corra léguas. Não somente pela questão moral, da preservação da família e todo esse papo chato que os moral cruzards insistem em incutir na gente. Prefira distância porque o barco é furado mesmo e o balde do desespero não poderá resolver.
A conversa é sempre a mesma: estou me separando. É praxe. Isso quando ele não transfere a culpa para a oficial, no quesito pulada de cerca eu já soube de cada história, de possíveis surtos até a desculpa de que a esposa não suportaria a dor da separação e morreria. Presunçoso? Não gata, safado mesmo. E como dizem os mais velhos: desculpa de amarelo é comer barro. Nessa conversa você cai se quiser amada. O fato é que assim que ele conseguir o que queria, você será página virada descartada do folhetim da criatura apodítica.
Nesta seara sobra sempre para a famosa 'outra', ou seja, a coitada que foi enganada sobre o estado civil do moçoilo. É nessa hora que a solteira da espécie 'outra' passa a ser alvo das comprometidas, fica na mira dos comprometidos e vira assunto entre a humanidade hipócrita nesse mundo de meu Deus. A 'outra' enganada sofre mais que a Helena de Manuel Carlos, como diz uma amiga minha, e haja sofrimento. O fato é que a 'outra' é na verdade uma incompreendida.
Os casos de paixão extrema, amor incontrolado e blábláblá estão fora da pauta. Casos como estes podem aparecer no script de qualquer reles mortal. Estou me referindo às vítimas do homo sapiens loroteiros, espécie de homo sapiens que estão de plantão em qualquer ambiente, prontos para contar a mesma história de sempre, para todas.
O fato é que existem pessoas que nasceram para serem poligamicas, solteiros natos, com uma desenvoltura no quesito lorota de causar inveja em qualquer narrativa jurídica. Estas pessoas quando estão numa relação monogamica o óbvio acaba por acontecer: traição.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
da roedeira nossa de cada decepção
Tem que ter trilha sonora, claro. E quanto mais deprê mais o momento fica triunfal. Waldick Soriano sempre é boa companhia das dores dos desamores. Torturando esse ser que te adora, vamos desfrutando do nosso momento, só nosso. Acenda um cigarro e beba mais um gole. Momentos como esses são intensos e passam rápido.
Pelo direito nobre de roer. Roa ratinha solteira, o rei de Roma te deixou na sarjeta da solidão. No melhor estilo brega, aumente o som e viva a sua dor de cotovelo. Nesse quesito vale até o Tecno Brega do Vício Louco minha nêga, mas tudo tem que ser regado a uma boa e sagrada bebedeira. Que mal faz uma roedeira? E quem nunca roeu que atire o primeiro copo.
Nelson Gonçalves que o diga. Mestre em cotovelos roxos ele vivia a dor com a beleza de um amante. Corria pra um botequim, cantava as mágoas de um caboclo solitário no regresso à boemia. Tudo na mais perfeita classe.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
da paquera nossa de cada solteirice
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Momento Penélope Charmosa
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
da espécie homo sapiens don juan
quinta-feira, 28 de julho de 2011
o discreto charme da descomplicação 2
domingo, 19 de junho de 2011
Das promessas não cumpridas
Depois do the end no centro da tela. Os créditos finais. Fade out, fade in. E começa o filme II parte I: Prometo.
Uma chuva de promessas. Um toró daqueles pesados. É mais promessa que o Estádio do Santa Cruz todinho implorando à Deus, Jesus, Jeová ou Maomé para tirar a cobrinha da série D.
É promessa de tudo quanto é tipo meu nêgo e minha cumadre, é um tal de “eu juro não ser tão passional”, “prometo não me entregar tanto na próxima empreitada amorosa”, “eu juro que vou me amar mais”, e por ai vão as promessas nossas de cada decepção.
São as promessas da ressaca do fim. Tão fluídas como as da cachaça mal sucedida, como regime de segunda-feira e das nobres mudanças de fim de ano.
Promessas devem feitas, mesmo que elas não saiam da sua posição original, apenas promessas!
Prometa, mesmo sabendo que você não vai cumprir. Pelo direito nobre de prometer. Invente mundos fantásticos de alguém que levou uma queda do cavalo branco daquele bandido e será socorrida pelo príncipe. Prometa se cuidar mais, ser mais racional, evitar DR’s, ser madura. Prometa. Que mal faz uma promessa não cumprida?
Jure de pé junto, mesmo sabendo que ao próximo cheirinho no cangote você possivelmente vai esquecer tudo o que prometeu. Vai se entregar como uma louca, vai ser intensa, passional e cometer os mesmos erros tudo de novo. Ou vai me dizer que o próximo macho alpha que aparecer galanteante na sua frente não vai te deixar com borboletas no estômago? Pra cima de mim dona Maria?
Pelo direito irrestrito de amar demais, mesmo que seja tudo somente sexo e amizade.
Prometa como Maria Bethânia, 'porque toda razão toda palavra vale nada quando chega o amor'.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
sobre a falta de intimidade
A falta de intimidade é o fim das relações. O que dizer? O que fazer? Pra onde vou? Ilha de Lost dos relacionamentos, sem passagem de volta, fera. E se ache viu? Complicação pra mais de metro nesse mundo de meu Deus.
É como o primeiro dia de trabalho que a gente não sabe bem onde colocar as mãos. Dá preguiça só de pensar em conhecer a figurinha premiada do pacote de ruflles sabor salsa e cebola. Cebola? Nem pensar. Que dirá alho, nem bugalhos minha cumadê.
O perfume tem que ter a dosagem certa, nem doce, nem cítrico, muito menos amadeirado, algo do tipo lavanda Johnson, saca? Para não ter o perigo do brotinho sair correndo de enjôo pelo seu exagero nas gotas de esperança.
E o que escolher pra jantar? É bom estar ciente se o macho alpha tem essas frescuras da pós-modernidade que promete vida longa, algo do tipo lactovegetariano e essas coisinhas verdes que nos deparamos por ai. Se rolar e não for sua praia gata, melhor não insistir, você terá dor de cabeça mais pra frente e remédio homeopático não vai funcionar, quem avisa amiga é.
Cama. Lascou. Essa parte sem intimidade é o fim. Nem tanto pelo ziriguidum, mas acordar ao lado de um carinha que você não tem a menor liberdade é tarefa para corajosas. Quando dormimos todas as nossas armas baixam guarda. Hálito das incertezas do amanhã de manhã. Toda aquela super produção do dia anterior, make up ultra potente, tubinho preto, salto 20, não vão esconder o seu cabelo assanhado e a cara amassada da manhã seguinte minha cara Audrey Hepburn. Nem vão disfarçar aquela remela preta de lápis borrado. E se você caprichou no rímel pode ter certeza que a figura vai pensar que dormiu com uma ursa panda. Se garanta viu?
E o que falar? Vixi Maria. Tem que ter a habilidade de um orador de formatura pra dosar as palavras desse português ruim, nessa ocasiões melhor beber com moderação. É que a censura é inversamente proporcional ao teor alcoólico da noite bem sucedida. Tentar manter o equilíbrio entre o que se quer falar e o que se pode falar não é tarefa fácil, às vezes escapa um "eu amo teu cheiro", e o carinha certamente vai se assustar, como você ama o cheiro do broto legal, se você está conhecendo ele agora minha amiga dona de casa? Tenha calma, vá com um pé no freio e o outro na embreagem que é melhor pros 4, sim pra você, pra ele e pros próximos que virão.
Relações sem intimidade é como saltar de pára quedas, pode ser muito bom, mas tem chance de ser desastroso. Intimidade é o tempero do love story. É um caminho sem volta, sem tarja preta nos olhos do amor. Solteiras do mundo, uni-vos pela intimidade necessária nas relações do dia a dia, mesmo que na manhã seguinte ele seja página virada descartada do seu folhetim.
domingo, 5 de junho de 2011
dia das (e)namoradas
terça-feira, 24 de maio de 2011
o discreto charme da descomplicação
terça-feira, 3 de maio de 2011
da disponibilidade nossa de cada dia
Não bastasse enfrentar as dificuldades diárias encontradas na vida de uma mulher solteira, as moçoilas desimpedidas precisam lidar com um fator recorrente nas suas relações: a falsa idéia de que o fato de estarmos solteiras representa disponibilidade.
Tenho observado na saga nossa de cada dia um senso de solidariedade exacerbado e um tanto presunçoso por parte de alguns lobos em pele de mocinhos que numa tentativa de 'consolo' querem aproveitar a aproximação para levar a chapeuzinho de vermelho de plantão para a casa da vovozinha. Estar solteira não representa estar na prateleira empoeirada dos relacionamentos.
Mulher solteira não é sinônimo de solidão e abandono. Pera lá muchacho. Temos nossos critérios e nossos desejos, o que habilita aos senhores pensar que somos disponíveis para todo o sempre amém? Não, nossas carências podem ser resolvidas à base de boas companhias, risadas e até mesmo uma barra de chocolate, é científico inclusive, você não é tão imprescindível quanto você pensa que é. Me poupe desse altruísmo camarada, sei bem quais as suas intenções e se você não foi o escolhido, so sorry baby, qual foi a parte do 'não' que você não entendeu?
O desejo consentido torna a relação mais interessante. Disponibilidade requer desejo, vontade, tesão e se esses critérios não forem preenchidos, nada feito gato, você pode ser a mistura da beleza do Alan Delon e a bondade do Dalai Lama e mesmo assim não rolar o feeling necessário. Nessas horas peça pra sair zerodois, é mais bonito.