segunda-feira, 25 de abril de 2011

é a pós modernidade

A saga da mulher solteira surgiu a partir dos desabafos de uma solteira perdida num blog que foi lançado para sua catarse. Observando que algumas postagens do embrião dessa saga ficaram perdidos nos emaranhados do inconsciente daqueles fragmentos, resolvi intercalar aqui algumas postagens antigas, com novos causos para vocês rirem, chorarem ou ficarem de saco cheio. Segue então a primeira postagem dessa saga quem vos fala.

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A saga de uma mulher solteira em tempos de amores líquidos é mais difícil que a vida da pitomba em boca de banguelo. Complicação digna de tese de pós doutorado em Oxford. E bote complicação nisso.

Em pleno século XXI, a mulher pós moderna ainda padece do preconceito masculino. Machismo é o gesso que imobiliza a mente do homem. Pode ser o mais descolado ou o mais almofadinha que existe no mercado, fatalmente ele irá te julgar no momento em que se sentir inseguro. Não se trata de uma discussão de gênero, sexista e desnecessária nesses fragmentos tolos, é o desabafo de uma mulher perdida nesse meio de mundo de pós modernidade.

E exagere ai na dose de dúvidas. Muitas e em avalanche. O que fazer quando aquele macho alfa que exala testosterona aparece cheio de amor pra dar na balada? Partir pra cima? Ele pode me achar jogada. Ficar na minha? Pode achar que não tenho interesse.

A situação piora cara amiga e minhas imagem-semelhantes quando pescamos o bonitão. Aceitar o convite de ir pra cama de prima, assim de testa mesmo? Muitas mulheres guardam seu tesão pra impressionar o cara. Eu sou dessas mulheres que só dizem sim, mas aceito como prenda a ligação do dia seguinte, a massagem no ego e o disfarce de que tudo não é apenas sexo e amizade.

Homens às vezes dá enfado. O preconceito com mulheres independentes é tão previsível que a máxima do antes só do que mal acompanhada vira rotina na vida de muitos rabos de saia que conheço, na minha inclusive.

Não meu amigo cafa, não me ligue somente para os finalmentes numa madrugada fria qualquer que você foi o perdedor. Seje homi rapá. Diga mais que sou linda, massageie o ego dessa cria de suas costela, que mal faz nisso? Ligue para comentar o seu dia, diga que escutou Neil Young e se lembrou daquela conversa que tivemos, mesmo que seja mentira. Mentiras sinceras me interessam. Afinal você é um homem ou um prato de papa?

O medo, talvez seja a variável mais decisiva nesses momentos. Take it easy, baby, não mordo em condições desfavoráveis. Sim, sou inteligente,você não vai me dobrar fácil, tenho independência financeira, e blá blá blá, não me venha com esse papo de medo de se apegar que isso está mais desatualizado que o dedal da minha tia avó. Se jogue hombre, que a distância da sua queda é a mesma que a minha.

É, bem que Bauman avisou, são tempos de amor líquido.

Então, aprenda com Leonard Cohen:

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