domingo, 7 de julho de 2013

machismo mata!

Hoje a saga da mulher solteira pega carona nesse tsunami social em que nossa pátria amada Brasil está vivendo e vem protestar também. Hoje a saga vem falar de uma pauta que está nas ruas antes mesmo do famoso 07 de setembro de 1968, quando mulheres de Atlantic City nos Estados Unidos resolveram promover a famosa"queima de sutiãs". Sim, a saga quem vos sopra a solteirice vossa de cada dia, hoje fala da emancipação feminina como pauta de muitas lutas.

Não é de hoje que tomamos conhecimento da opressão de gênero que resulta muitas vezes na violência contra as mulheres, na violação do direito humano de decidir sobre seu corpo e nas expressões engessadas de uma sociedade machista. Também não é de hoje que grupos feministas rebelam-se contra a opressão do homem e lutam por mais dignidade.

Com as mulheres nas ruas, conquistamos o direito a ter direitos. Votar e trabalhar fora de casa eram restritos ao ser masculino, muitas mulheres morreram ousando rebelar-se e, graças às lutas delas, hoje temos ao menos garantidos esses direitos.

Algum mamífero alado pode perguntar-se: Ok, já conquistaram esses direitos, o que querem mais essas mulheres? 

Em uma palavra: Respeito.

Direitos parcialmente conquistados, saímos às ruas para exigir respeito, as nossas minissaias, aos nossos desejos, as nossas escolhas. Até quando teremos que escutar  com naturalidade sobre o estupro corretivo? Até quando teremos que tolerar a teoria de que algumas são mulheres estupráveis, pois não se dão o respeito? Até quando, veremos mulheres morrerem em nome da virilidade masculina? Até quando estaremos expostas às mais variadas formas de violência, sejam físicas, psicológicas ou econômicas? Até quando?

"Ouvi dizer que numa mulher, não se bate nem com uma flor". Infelizmente não é assim, caro Capiba, seu frevo não embala outros carnavais.

O Mapa da Violência 2012 e a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad/IBGE), revela que na última década 43,7 mil mulheres foram assassinadas, mesmo a Lei Maria da Penha, criada em 2007 quando essas taxas tiveram um "discreto decréscimo e voltaram a crescer rapidamente até 2010", as mulheres continuam vítimas de violência  sendo "o local onde mais comumente ocorre situações de violência é a residência da vítima". 

Machismo mata!

Mata, oprime e incomoda. É engano seu achar que você não é machista por não concordar com quem bate em mulher. Sair com uma mulher e julgá-la porque ela foi pra cama com você na primeira noite, é machismo. Acreditar que uma mãe não pode ter uma jornada de trabalho e ainda investir na sua formação no contra turno, pois é dela o dever de cuidar das crianças, é machismo. Acreditar que mulheres não devem tomar iniciativa, é machismo. Criticar o batom vermelho da sua prima, a saia curta da sua irmã e o número de affair's da sua amiga, é machismo. E tantas outras formas veladas de machismo, engessam nossa liberdade.
 
Meu corpo, minhas regras. Como no cartaz de protesto da Marcha das Vadias, evento que acontece desde 03 de abril de 2011, iniciado em Toronto no Canadá, internacionalizando-se rapidamente, sempre com pautas firmes contra o machismo doentil da sociedade. À propósito, quem acordou agora, gigante?

Somos dezenas de milhares Pagu's "indignadas no palanque" exigindo nosso direito à liberdade, equidade de gênero e fim da violência contra a mulher. Isso que nos move, hoje e sempre. Mulheres: Firmes na Luta!