sexta-feira, 13 de setembro de 2013

quando falta a paciência

A saga é pós moderna, desencanada mas às vezes é oscilante também. Estamos sempre pautadas na premissa de que entendemos o macho alpha em suas "complicações", porque nossa visão além do alcance permite o entendimento de que em tempos pós modernos eles estão mais perdidos que agulha em palheiro.

Nossa compreensão é tamanha que muitas vezes passamos por cima dos nossos próprios desejos, só porque temos a noção de que o broto maroto precisa de um "tempo" pra pensar. Mas, tem dias em que a paciência não dá conta de tanta complicação e tudo o que queremos é, sim, fazer beicinho e dizer que não vamos esperar que ele se resolva em suas vidas.

Aconteceu algo semelhante com a emancipada Nega, que aqui nessa saga figura no top five em primeiro lugar. Elaine de tanto esperar, se irritou com as reicidencias de crises do boy magia e mandou tudo pro outro lado da lua. 

Era sempre uma desculpa diferente, até briga o gato arranjou com a moça, se meteu até no gosto musical dela. E ela, emancipada toda, compreendeu que era uma fase de complicação do moço a qual não a pertencia, foi viver outros ares, viajou até o Planalto Central, foi ser feliz, enquanto o rapaz permanecia no divã da vida sem saber se ela era a pessoa em que ele podia se entregar.

Gato, a altura da sua queda era a mesma que a dela.

Se ela sofreu? Sim, mulheres solteiras pós modernas também sofrem. E ainda ficou tentando compreendê-lo. Era comum ouvir dos seus lábios lascivos: ele acabou um relacionamento recente, normal, daqui a pouco ele entenderá que a vida é mais que isso. 

E é Nega, mas ele estava mais perdido que uma pessoa no meio da Mata Atlântica sem cachorro, nem GPS, como diz Xico Sá. 

Ela sofreu mais que a Helena na novela de Manuel Carlos, até o momento em que notou que tudo não se passava de desculpas fiadas para deixá-la em banho maria. 

Não moço, ela não é mulher de meias palavras, pra ela é sim ou não, o meio termo não a apraz.

Sim, ser mulher emancipada em tempos pós modernos é também entender que às vezes rola a incompreensão do que se passa internamente com os cachos, rolos, affair's e alhures. É que às vezes cansa ser compreensiva full time. Explico.

A tendência das solteiras pós modernas é não se incomodar com os 'furos', os 'bolos', os foras, porque estamos pautadas nas nossas demandas, que são muitas: trabalho, casa, amigos, amigas, farras e por ai vão os comprometimentos nossos de cada dia.

Quando o 'furo' daquele compromisso pré marcado vem, simplesmente deixamos passar pelo simples fato de que entendemos que a vida segue independente do que foi comprometido anteriormente e que nós temos diversas coisas pra resolver também.

O fato é que 'o mais do mesmo' acaba por cansar em certos momentos e é nessa hora que a 'porca torce o rabo', como diz o adágio popular. É exatamente nesse momento que temos uma vontade incomensurável de mandar pra uma inspeção na lua aquele que nos fez esperar.

Sim, porque existe todo o preparo para um possível encontro pré marcado, desde a depilação até conferir se o 'cafofo' está arrumado suficientemente para recebê-lo, sem contar que desmarcamos uma série de compromissos, convites pra festas, um jantar com amigas e etc. E um compromisso desmarcado é quase um dano à ordem pública (íntima) da pessoa.

É comum entre as moçoilas de plantão fazer um plano B. Ok, não poderá sair comigo hoje? Vou resolver outra situação que está instalada. 

Só que tem um porém: tem dias em que não topamos muito esses 'furos'. A paciência se esvai, quando os 'bolos' são reincidentes porque no fundo sabemos que no momento em que se quer, se dá um jeito. Somos pós modernas compreensivas e não burras. 

Não é possível que todas as vezes em que se é marcado algo com o moçoilo, um tsunami passa na vida do rapaz e ele tem que furar conosco.

Por isso a saga não se cansa de dizer: não quer? não coloca em banho maria, filho. Isso testa além das nossas inteligências, as nossas paciências e você, macho alpha, vai acabar na sarjeta da solidão porque vai ter um momento em que diremos, chega!

E foi isso que nossa protagonista de hoje fez. Disse: chega. E foi ali ser feliz!

Post em homenagem a ninguém menos que ela Elaine Acioly, a Nega!

E hoje ela canta a Deusa: Núbia Lafayette:

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