quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aconteceu, virou manchete: Homo sapiens fujões.

Que é da natureza da solteirice nossa de cada dia entrarmos em algumas frias em forma de promessa do suposto grande amor, todas nós cansamos nossas cútis em saber. É sabido ainda por toda gata borralheira que por aqui passou, que muitos machos alphas são deprimentes e dá preguiça só de pensar o que as espera na saga diária que é estar solteira.

Na nova série que é inaugurada hoje poderemos acompanhar as enrascadas das nossas imagem semelhantes mundo a fora que, gentilmente compartilharão suas histórias, contos e causos que só o estado civil solteira proporciona.

O Aconteceu, virou manchete de hoje vem da linda, loira e bem resolvida Raffaella que teve o desprazer de deparar-se com um exemplar da espécie dos homo sapiens fujões. É, minhas amigas, mesmo sendo um mulherão não estamos imunes em cair no infeliz conto do vigário que, no caso da Raffaella, caiu no conto do místico, sim porque o boy era desses carinhas que se dizem entender coisas sobre cosmos, estrelas e tudo que venha do oculto, mas na verdade, não passou de um grande charlatão.

A situação ficou ainda mais feia, quando o moçoilo deu o famoso 'zignal', num número de ilusionismo à la David Copperfield, o moço escafedeu-se e nem deixou um bilhetinho de 'já não te quero mais'. Pois é solteiras, pasmem, o indivíduo deixou a loiraça chupando o drops da espera sem resposta. Ele aproveitou uma viagem que ela fez à trabalho para dar no pé. 'Rapá', isso não se faz.

O paspalhão que a Raffa se deparou ainda foi além. O carinha quis dar um cano nela, a criatura não queria devolver o celular que ela tinha dado para comunicar-se com ele. Pirangueiro, unha de fome e mão de vaca, ele esqueceu todas lições de cavalheirismo. 'Peraê cumpadi'. Devagar com o andor que o santo é de barro. A loiraça Raffa, pós moderna toda, pagou a conta não só dos bares e restaurantes por onde passaram, ela teve que pagar a conta do desprezo quando ele não quis mais continuar o love story.

Gente, se tem algo mais decadente nesse mundo de meu Deus é a pessoa que não se assume. Se não está mais a fim, jogue a toalha e peça pra sair zerodois. Mas avisa 'véi'. É muito feio fugir. Covardia esconde atrocidades. 'Tu é frouxo é'? E como diz meu padim padi Xico Sá, 'seje homi'. Invente qualquer desculpa que valha, diga que foi abduzido por uma galega peituda que veio de Marte. Mas fale. Hable. Tenha um teti a teti, jogue na real meu velho. O que custa? É melhor pra todos os lados. Além de ser mais leal.

Raffa percebeu que estava sendo passada para trás e tratou logo de entender em qual parte da história ele tinha esquecido de avisá-la que era um enrolão. Mas as respostas foram pífias. Tudo era uma grande mentira.

A solteira Raffa, desenrolada toda, correu léguas. Hoje, bem resolvida, dá risada do espetáculo circense que ele montou, com direito a juras de amor eterno e fuga do picadeiro que, no momento, já havia pegado fogo.

Esta história foi contada por Raffaella, a sua pode ser a próxima. Conte-nos tudo, não esconda nada. Mande sua saga para o e-mail milla.iumatti@gmail.com, contando causos da solteirice vossa de cada dia, vale tudo, mas deixe especificado se você quer ou não que sua identidade seja divulgada. Os nomes das solteiras só serão divulgados com a prévia autorização. Ah, os nomes dos brotos legais não serão divulgados em hipótese alguma, não vamos fazer aqui uma cruzada contra os loroteiros de plantão né? Ademais, são tão iguais que nem precisa.

E a saga da Raffa tem trilha sonora e ela é cantada por ninguém menos que ele, Chico, o Buarque.






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