terça-feira, 24 de maio de 2011
o discreto charme da descomplicação
terça-feira, 3 de maio de 2011
da disponibilidade nossa de cada dia
Não bastasse enfrentar as dificuldades diárias encontradas na vida de uma mulher solteira, as moçoilas desimpedidas precisam lidar com um fator recorrente nas suas relações: a falsa idéia de que o fato de estarmos solteiras representa disponibilidade.
Tenho observado na saga nossa de cada dia um senso de solidariedade exacerbado e um tanto presunçoso por parte de alguns lobos em pele de mocinhos que numa tentativa de 'consolo' querem aproveitar a aproximação para levar a chapeuzinho de vermelho de plantão para a casa da vovozinha. Estar solteira não representa estar na prateleira empoeirada dos relacionamentos.
Mulher solteira não é sinônimo de solidão e abandono. Pera lá muchacho. Temos nossos critérios e nossos desejos, o que habilita aos senhores pensar que somos disponíveis para todo o sempre amém? Não, nossas carências podem ser resolvidas à base de boas companhias, risadas e até mesmo uma barra de chocolate, é científico inclusive, você não é tão imprescindível quanto você pensa que é. Me poupe desse altruísmo camarada, sei bem quais as suas intenções e se você não foi o escolhido, so sorry baby, qual foi a parte do 'não' que você não entendeu?
O desejo consentido torna a relação mais interessante. Disponibilidade requer desejo, vontade, tesão e se esses critérios não forem preenchidos, nada feito gato, você pode ser a mistura da beleza do Alan Delon e a bondade do Dalai Lama e mesmo assim não rolar o feeling necessário. Nessas horas peça pra sair zerodois, é mais bonito.